segunda-feira, 28 de junho de 2010

SONHOS E DEVANEIOS

Eu sou eu e tudo aquilo que deixei de ser, as coisas que não fui também me completam deixaram em mim um vazio que não existo sem ele. São sonhos, expectativas, frases não ditas que, no entanto construíram um espaço, um lugar que in-existe.
Não sei fazer a distinção entre sonho e devaneio, minha leitura ainda é pouca para isso. Perco e encontro-me entre eles, sem jogo e sem desejo de definição, quem souber que atire-me a primeira pedra.
Sempre tive um sonho (devaneio) de fazer algo grandioso, que reverberasse na historia e perpetuasse meu nome para que meus descendentes tivessem uma referência da qual pudessem se orgulhar e se sentissem dignos membros da sociedade humana. Não sei o quanto de fato queria que esse devaneio (sonho) se realizasse, mas independente disso necessitei de sua existência, pelo menos no campo dos sonhos/devaneios.
Já quis ser artista de cinema, daqueles mocinhos justiceiros que sempre salvam donzelas, já quis ser o vaqueiro intrépido numa plástica justaposta sobre seu cavalo singrando sertões. Já quis ser faraó e conhecer as magias do Egito, adentrar pelas pirâmides, conhecer-lhes os segredos e repousar no vale dos reis.
Não, não quis ser astronauta, mas mesmo esse não querer também me avoluma, mas quis ser carpinteiro, fazer como Noé uma arca de navegar pensamentos e ficar perdido nesse mar até avistar a terra de algum coração.

Um comentário:

Rosana Tibúrcio disse...

Medo de mim. Sonho que a pessoa postou e pronto: tem post aqui.
Sonhos e devaneios... muito bom, seu René Rizzi, o mais destemido [?] heterônimo de G.R.