Um exército de meninos marcha rumo ao norte
Somente sabem disso: são um exército que marcha para o norte
O seu general vistoria as tropas com olhar incrédulo, não sabe pra que tanto menino e porque ir para o norte. Vê-se que o general não corresponde à idade das fileiras. Ele tem altura e monta um cavalo sem cor que não lhe comporta o tamanho. Montado nesse cavalo, seus pés deslizam pelo solo arenoso fazendo uma estrada de brincar com carrinho. E o exercito marcha. À frente o general comanda sem brado. Um pelotão se alvoroça com um corcel tordilho de longas crinas brancas que galopa livre incitando os garotos. Ele não tem sela nem cavaleiro, mas conta com rédeas e cabeçada negra com detalhes em prata. Ensaia galopes. O pelotão de garotos se dirige para capturar o corcel. O general observa, à frente do exército, o movimento daquele pelotão, não os censura. Seu desejo caminha com eles, também quer cavalgar o corcel, sabe que somente ele pode fazê-lo, mas reluta em se consentir.
Sou esse general sem divisas e meu exército numeroso de meninos que deixei para trás, ainda me acompanha levantando auspícios e reminiscências do futuro. Deixei muito menino para trás, mas eles não me deixaram, seguem-me alvissareiros e comedidos a cutucar meus secretos desejos que todos eles sabem. Terei que interrogar um a um, sei disso, mas agora, nesse exato momento quero cavalgar aquele corcel, mesmo sem sela e apetrechos. Não quero domá-lo, só quero cavalgar-lhe nesse chapadão de Minas. Levantar poeira, cortar vento... Respirar e deixar a legião sorrir.
Bom para mim, então recomendo
Há 4 anos
2 comentários:
E viva a liberdade: bo-ni-to!!!
Cá 'entre parênteses' que tal recomeçar a escrever no espaço aqui??
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