sexta-feira, 15 de agosto de 2008

MEDIOCRIDADE? ONDE?

Existem algumas palavras, cujo sentido escapam de suas definições. Exemplo disso é a mediocridade. Em sua definição dicionária, enconcontramos medíocre como sendo: mediano, sofrível, vulgar, ordinário, que não é bom nem mau, ou aquele que tem pouco mérito. Enquanto definição literal, medíocre não é tão medíocre assim, porém quando entramos em sua significação (representação) social a coisa muda de figura. O sujeito medíocre não é aquele apenas desprovido de méritos, é aquele desqualificado mesmo. Ele não se encontra na média como sugere o termo, distante disso. Talvez a definição que mais se aproxime da real significação de medíocre seja o sofrível, mesmo assim ela ainda me parece aquém da conotação desqualificante que o termo socialmente sugere.
Ser medíocre é estar abaixo do baixo e ainda por cima (que acham do trocadilho?) querer parecer mais alto.
Talvez esse sentido, que extrapola a definição, decorra de uma condição que subjaz as esferas que a constituem. Explico. Estar na média é ocultar-se, é perder a visibilidade, talvez até mesmo a identidade. Aqueles que estão acima e os que estão abaixo serão sempre percebidos entre louros e críticas de toda a sociedade, porém aos medíocres resta a indiferença, mas não é uma indiferença comum, é uma indiferença marginalizada e cheia de desprezo, bem peculiar.
Medíocre é o médio do médio do médio, tanto que por mais que se procure ele estará sempre no meio escapando(?) das críticas e por isso, totalmente criticável. Justiça social?

Um comentário:

Rosana Tibúrcio disse...

Eu tenho medo de gente medíocre, nessa acepção aí, que você mais crê. Prefiro os maus, pois deles sei o que esperar ou não...